segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Marina

Como por tanta dor poderia eu
A dor transmiti-la do jeito que doeu?
Se só pensar em ti sinto pavor
Um medo de nunca ter-te perto
Que é tal qual certeza não darmos
[certo.

Aí olho que os dias passam devagar
Sem que eu deixe - um momento sequer
imaginar seu novo semblante, menina:
[mulher.

Perco a imaginação, esse meu bem maior
e fico fraco, esperando de ti a dó
e que me cure do peito essa ansiedade
essa vontae louca de ir-me, de ver na
[cidade

Aquilo tudo que nunca se apagou
Aquele fogo teu em que teu amado
[afogou

Para falar de ti, Marina
é mister não só escrever

É ver pra crer.

Tudo se resume a esse triste quadro:
um homem triste, sem sua moça ao lado.

"Ora, mas se esse quadro já não é velho..."
Dirão os teus demais pretendentes
"pois se assim esse louco vê em ti o Belo
também nós somos dele mais que afluentes."

(eu te digo, e isso é sério)

Podes ter qualquer um desse hemisfério
Procuro que te seja bom um amor áureo
Esse que é meu, esse amor platônico
que quer te descasar do caso anônimo.

Mas ainda é cedo e eu não sei
Onde, meu Deus, onde é que eu errei?

E agora, Marina
Tu és do mundo
Saltou de mim
E tudo

Tudo

Tudo

é não passar por palavras o que sinto
e não mo julgues pois eu não minto
fostes e serás para sempre
o maior amor que não tive.

Pedro.
02/02/09

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