sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Da Beleza de Ser o que Não se Pensa

Penso o que digo
meio sem abrigo
vejo no semblante
estudo o vento
sinto a estante
reparo no alento
escrevo doravante
onde cair em si
já é delirante
espero por mim
esqueço o instante
e bravio a seguir
ergo o semblante
esse de existir
sem ter ou por quê
apenas me ser
já é o bastante.

Petro.

24/09/2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Fim do Dia

Um pequeno prazer no fim do dia
traz ao derramado ser, como poderia
dizer, duma voz qualquer, este seria
aquele revolver final, o qual me faria
seu mais prelo astral, pequena alegria.

Dos tantos desfazeres, algum afazer
causando entropia, dos mais, uma qualquer
cousa da vida, feito um malmequer na
velha polida agonia, que serveria outra
vez, qual voz à vez, duma melancolia.

Quando já é tarde, e sem mais alarde,
crescer é bem duro, tudo muito
mais obscuro, daí é que vem, esse
ar noturno, aonde penetra, aviso
de uma letra, no fim do dia:
bonito e seguro.

Petro

07/09/2010