quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Minha Poesia

A minha poesia
serve uma Pátria
essa só minha
quando juro tamanha dor
esticar seu bolor
sobre quem a caminha

Ao podar dessa via
a tudo assitia
quem já mais mantinha
e jamais sem ardor
essa minha dor
não é mais minha
sou seu professor

Então doutros prantos
desvelos, aos tantos
comem-me a flor
porque onde ia
lá longe já via
cair a tardinha
sem frio ou calor

E dessa sombrinha
fiz minha mania
essa de se pôr
feito o sol que caía
com a ventania
do fim da vadia
tarde da vinha
dum bom licor

E sem mais o amor
que tudo continha
poeta que sou
fiz à cercania
vontade tardia
e da erva-daninha
fiz-me ardor
e feito sozinha
a minha poesia
se fez e sangrou.

Petrecostal

19/08/2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aos que me ficam pra Trás

Aos que me ficam pra trás
os anéis os deixam
Seu pensar feito outro atrai
mesmo os que queixam,

Para não ir longe demais
prometo uma volta
breve tempo que levarei assaz
e sem mais trota
estarei de novo aos seus olhares
quando menos esperarem
serei eu loquaz.

E tudo o que tramam de mim
haverão de existir, sim!
Que outrora já fui até mais
e do que contam, assino
não mais de que necessito algo que jaz
por mim não o minto.

Aos que me ficam pra trás
um advertência:
- Não sigam meus passos jamais;
só minha eloquência.

Petrecostal

10/08/2010