Olho para o teto
E penso comigo:
Nem mais um amigo
Estou incompleto
Esta pate que falta
Em minh'alma delata
Um não querer-me só
À verdade sou um pó
Que se sacode qual poeira
Do móvel mais velho
E ao qual pousa no espelho
Tira dele o reflexo
Pois é viver sem nexo
Pensando em besteira
Minha atual profissão
Eu preso em casa
Sou furacão qu'arrasa
E peste da nação
Incomodo tamanhamente
Ao ser eloquente
Quanto me valha a arrogância
Qu'em meu peito descansa
Quando me sacodem
Eu vôo pelos ares
Então me encontrares
Só se espalhado em um canto
Pois minhas partes
Subirem em dar-tes
Todo milagre santo
Assim eu sou que causo
Essa alergia, tão funda
Talvez oriunda
Do tempo ido pauso
Só então me ergo:
Altivo, eu enxergo
Não mais a solidão
Mas triste poesia
Na noite que tardia
No vale de Sião
Onde as outras cousas
Também vão sagradas
Das minhas amadas
Sobrou-me só rosas
Triunfo sobre mim
Subindo às paredes
E dão-me umas sedes
Fissura sem fim
Quando tudo se afasta
Por fim tu, nefasta
Aurora teu brim
E todas as novas
Passando por trovas
Atestam um fim
O de ser da prosa
A própria rosa
A cor tenebrosa
Que dorme em mim.
Petro.
domingo, 27 de novembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Eterno Retorno
Para além de Bem e Mal
Vivi toda circunstância
Tomada pena à recital
Recobra-me a ânsia
Do que vá a repetir-se
Enquanto houver distância
Neste vale onde servisse
Amor em redundância
Pois que da minha sina
Mais que ninguém o sei
Sou dom a quem ensina
Sou vate, valete e Rei
Duma estrada a qual ando
Num passo moroso, só
Entanto ao que só vendo
O traço traça-se nó
Do montante, eras mil
Tempo demais lento
Corrompe-me e vou-me vil
Sempre de bom contento
À cada légua seguida
Um breve olhar àtras
Na minha lida escondida
Sou luto, sou guerra e paz
Aprendo com meu caminho
Qu'aquilo que satisfaz
É estorvo, decerto um vinho
Que não embriaga jamais
***
Por tanto vago triste
Empilho os meus pensares
Servem-me da alpiste
Que vou bicando aos ares
Se brinco me pego Louco
Mas louco quem já não é
Para olhar o Universo
Basta-se ter-se fé
E a linha segue medida
Sobrepõe uma pequena dor
Acontece à cada vida
Vivida só em valor
***
Tão bem sem seguidores
Confesso que muito aprendi
Com tamanhas, seguidas dores
E nunca me arrependi
Colcheteio meu animal
Parte de um ser sem nome
Espeto-lhe o meu tribal
Grito de [Super Homem]
Para cavalgar tomo banhos
Frios para enregelar
E sofro demais com sonhos
Que nunca soube buscar
Para tudo certo que há
Na ímpia carne sofrida
Um remédio de dor sarar
Uma qualquer ferida
Que comece todas as tardes
O reviver comum a todos
- semente plantada em Hades -
Vontade dos mais Rapsodos
Na Grécia Antiga busquei
Um bálsamo para ser eu
Um peixe que pesquei
De nada prático valeu
Então resolvi mudar
Buscar em mim mesmo
Toda a prata lunar
Descoberta dum erro esmo
Pois que nunca estive lá
Mas até que deveras me lembro
No que fui acreditar
Na lua e seus hóspedes membros
Voltei para onde vim
Decerto que voltaria
Esqueço do meio enfim
Instante: portal que veria
Todo o neste tempo ido
E tudo a acontecer
Soando feito estampido
A todo momento nascer.
Petrecostal
Vivi toda circunstância
Tomada pena à recital
Recobra-me a ânsia
Do que vá a repetir-se
Enquanto houver distância
Neste vale onde servisse
Amor em redundância
Pois que da minha sina
Mais que ninguém o sei
Sou dom a quem ensina
Sou vate, valete e Rei
Duma estrada a qual ando
Num passo moroso, só
Entanto ao que só vendo
O traço traça-se nó
Do montante, eras mil
Tempo demais lento
Corrompe-me e vou-me vil
Sempre de bom contento
À cada légua seguida
Um breve olhar àtras
Na minha lida escondida
Sou luto, sou guerra e paz
Aprendo com meu caminho
Qu'aquilo que satisfaz
É estorvo, decerto um vinho
Que não embriaga jamais
***
Por tanto vago triste
Empilho os meus pensares
Servem-me da alpiste
Que vou bicando aos ares
Se brinco me pego Louco
Mas louco quem já não é
Para olhar o Universo
Basta-se ter-se fé
E a linha segue medida
Sobrepõe uma pequena dor
Acontece à cada vida
Vivida só em valor
***
Tão bem sem seguidores
Confesso que muito aprendi
Com tamanhas, seguidas dores
E nunca me arrependi
Colcheteio meu animal
Parte de um ser sem nome
Espeto-lhe o meu tribal
Grito de [Super Homem]
Para cavalgar tomo banhos
Frios para enregelar
E sofro demais com sonhos
Que nunca soube buscar
Para tudo certo que há
Na ímpia carne sofrida
Um remédio de dor sarar
Uma qualquer ferida
Que comece todas as tardes
O reviver comum a todos
- semente plantada em Hades -
Vontade dos mais Rapsodos
Na Grécia Antiga busquei
Um bálsamo para ser eu
Um peixe que pesquei
De nada prático valeu
Então resolvi mudar
Buscar em mim mesmo
Toda a prata lunar
Descoberta dum erro esmo
Pois que nunca estive lá
Mas até que deveras me lembro
No que fui acreditar
Na lua e seus hóspedes membros
Voltei para onde vim
Decerto que voltaria
Esqueço do meio enfim
Instante: portal que veria
Todo o neste tempo ido
E tudo a acontecer
Soando feito estampido
A todo momento nascer.
Petrecostal
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Sinfonia do Universo
Sei por cada medo
existir por trás uma alegria
que sei ser bem tardia
ao que vôo lêdo
na vida sinfonia
e quanto mais eu cavo
mais ouço da Terra o pranto
pedindo algum encanto
ao Homem seu escravo
ou doutro modo um agrado
melodia qualquer
um nexo de pé
algo dalgum sentido
é o que nos pede a Terra
bondade em vez da Guerra
um ouvido amigo
para serem seus pedidos
nada mais que atendidos
sobre Ela, caminhamos
e se as mãos nos damos
fazemos poesia
que o mundo agora precisa
destarte algures à ojeriza
uma bela harmonia
fez-se, então
uma canção
novelo descarrilhado
entre perdidos um achado
o fel tomado em vão
a pedra, o céu e o chão
também são essa música
de acordes já bem graves
tons dalguns alardes
que vamos a passo longo
são mais de 2 mil anos
de uma tese teológica
há bem da musa crua
nossa suave Lua
passamos pela lógica
e por muitos desenganos.
Chegado bem aqui
posso contar do que vi
feito poderão vocês
ao chegar a sua vêz
mas o dito nesses versos
são as preces dos regressos
de todos os Bons da História
doutos de toda a Glória
sapientes sem ter fim
pelo povo daqui debaixo
por favor, velem seu paço
que soa Belo, vai por mim!
Petrecostal
existir por trás uma alegria
que sei ser bem tardia
ao que vôo lêdo
na vida sinfonia
e quanto mais eu cavo
mais ouço da Terra o pranto
pedindo algum encanto
ao Homem seu escravo
ou doutro modo um agrado
melodia qualquer
um nexo de pé
algo dalgum sentido
é o que nos pede a Terra
bondade em vez da Guerra
um ouvido amigo
para serem seus pedidos
nada mais que atendidos
sobre Ela, caminhamos
e se as mãos nos damos
fazemos poesia
que o mundo agora precisa
destarte algures à ojeriza
uma bela harmonia
fez-se, então
uma canção
novelo descarrilhado
entre perdidos um achado
o fel tomado em vão
a pedra, o céu e o chão
também são essa música
de acordes já bem graves
tons dalguns alardes
que vamos a passo longo
são mais de 2 mil anos
de uma tese teológica
há bem da musa crua
nossa suave Lua
passamos pela lógica
e por muitos desenganos.
Chegado bem aqui
posso contar do que vi
feito poderão vocês
ao chegar a sua vêz
mas o dito nesses versos
são as preces dos regressos
de todos os Bons da História
doutos de toda a Glória
sapientes sem ter fim
pelo povo daqui debaixo
por favor, velem seu paço
que soa Belo, vai por mim!
Petrecostal
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Gostou tanto de uma pessoa que depois você passou a odiar?
ALGUMAS COISAS RUINS QUE ATRAVESSARAM A ESTRADA...
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