domingo, 16 de novembro de 2008
saudade líquida
E diluido fico e tanto nesses caminhos molhados e escorregadios que não sei quem é mais menino - ele, o filho real ou eu, o fantasioso pai. As minhas meninas estão escondidas, as duas brincam. Uma está pendurada na árvore e balança as pernas que não param de crescer. Alcançarão algum chão? A outra vive no mar, longe e pequena que é, para avistá-la, preciso de toda minha fé. Mas vejo-a feliz, ouvindo nas conchas o meu desejo de amá-la.
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