sexta-feira, 11 de julho de 2008

Urbe


Vejo um bando de gente-mosca transitando lixos urbanos. O caos inerente à alma de quem se alimenta de réstias. Mas há uma harmonia, ainda que sutil. Lá se vão, de ilha em ilha, de prato em prato. Rápidas e precisas. Sem abalroamentos e contusões mais graves. Estacionam somente na hora de alçar de vôo para o outro lado. Esperam a passagem dos monstros ensandecidos que seguem suas preferenciais. Elefantes histéricos e rinocerontes deslumbrados. Isso tudo compreendo. Exceto suas músicas estereotipadas. (aluisiomartins)

Um comentário:

Cris Animal disse...

Tenho medo de tornar-me isso, se é que ainda não me tornei! Tenho medo de deixar em mim a única coisa que pode me manter viva: singularidade!
Seu texto, Aluisio, é pesado, forte,dolorido, mas é tão real e provocativo. Provoca em mim a luta daquilo que eu ainda posso sonhar.
Não quero ser massa.
beijo, Mestre !