
Decretada a greve das claquetes
O descanso das interjeições e grunhidos premeditados
Desço o palco travestido de mentiras
[e muitos dramas
Desafio o estúpido sorriso
congelado na cara do expectador
que anseia a queda
A arte
[caríssima
vive nos poros
dos lixos esquecidos
dos becos e sinistros
dos leitos
Terminais das estações sem termo
[sem teto
Nas latrinas magras dos botequins
que revelam os hábitos e restos
[miseras vidas
Funestos adubarão a terra seca
Bem mais e melhor que suas sucatas inúteis
Nos charmosos recantos
choram as academias
[desentendem a paisagem
do bizarro aquário onde se diz:
Não dê comida aos macacos.
(aluisiomartins)
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