sexta-feira, 13 de junho de 2008

A Ilusão

A esperança, essa dançarina
como uma vaga luz de lamparina
segue-se da branda flama
sorri quando nos falta
[alegria.

Só uma pessoa, Ó poesia
sensível, sim; ela poderia
Obscurecer essa lâmpada,
somar ao fogo a lama.

E, dentre indas e vindas
solucionar a soberana,
balbuciada e estonta,
essa pessoa é a qual canta
[a Ilusão.

Boa de ser vista tanto ao verão
como bulímica, ao esfriar:
a bituca jogada ao ar
é seu nome esperança, supetão.

sobarando a nós, filhos do
[fogo
uma breve prece e muito rogo.


Fortaleza, 07/06/2008