sexta-feira, 25 de junho de 2010

Culpado de Todos os Crimes

Ó! Pudera eu, poeta
remover de tudo
o cabo que surdo
chicoteia e acerta
causando dor e dó
na carne faz um nó
da ferida o grito
em minh'alma aflita
por certo da fita
que formou do atrito
tão forte esse corte
dói em cada segundo
um doer profundo
que se pede a morte
e se isso passa
vem mais desgraça
posso ver tudo vindo
quando a dor, sumindo
anuncia a chegada
duma outra lapada
e feito no limbo
o passaporte carimbo
para mais catarse
não deixo de ser
mesmo sem querer
um pobre sem base
quanto mais sofro
menos vejo fim
sinto pena de mim
e cheiro de enxofro
já nas profundezas
tudo cai em si
então olham quem ri
e o pior já vem
vejo que o pior
é bastante para só
enxergar em mim bem
culpado de tudo e
acabo mudo.

Petrecostal.

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