quinta-feira, 25 de junho de 2009

Há uma estrela solta nesse céu que se enegrece agora, colada em algum pedaço do pano azul escuro que a noite vem estendendo pelo espaço.
Há um espaço em mim destinado a ela, solto, dentro, onde mais nada alcança.
Há, no céu da minha boca, a espera.
No centro da minha mão há afago.
No fundo do que sou, tua lembrança vaga que o meu tempo tem, que não apago.
E muitas vezes, há um véu lilás que tinge as tardes de inverno e que trata de ocupar todos os cantos e encantos, que os meus olhos vislumbram e deslumbram.
Ainda há dentro de mim, num lugar onde a saudade tinge em aquarela, todas as cores quentes que se derramam ao entardecer e que me escorrem em poemas que não mais fazem doer.
Há salamandras que flutuam e que aquecem o meu olhar, ao perceber o momento exato do amor se aproximar.
Há o Sol...
Foi-se o tempo do amargo e do sal.
Pela casa, há a lembrança do afago e do fogo, que nenhum futuro não mais apaga...


(sheyladecastilhoº & necka ayala


inneckaayala.blogspot.com
aliciamentosealucinacoes.blogspot.com

Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Obrigada pela visita, Lia!

Beijocas